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Um assunto já estafado...


Textos e Fotos: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Já abordei este assunto tempos atrás por duas ou três vezes pelo que o cognominei de "estafado".

Refiro-me às bicicletas que diariamente às dezenas, ou centenas mesmo, que se cruzam connosco na via pública. Claro que a maioria obedecem as regras de trânsito e lá vão na sua vida, não atrapalhando nem sendo incomodados.

Temos que coabitar nas ruas com a sua presença e não devemos, só porque conduzimos uma viatura, pensar que a estrada é só nossa. Está enganado.

Absolutamente enganado se o leitor pensa desta maneira. A Lei que nos governa obriga-nos a respeitar esse Código e se prevaricarmos, sai multa e às vezes bem pesada. Não esquecer também que poderá causar um acidente grave pois que neste caso, o mais fraco, é o ciclista  que sofrerá mais danos corporais porque não tem a resguardar, como escudo, o metal da carroçaria da viatura. Aqui é que começam os problemas com o envolvimento da polícia para averiguar as culpas, o trauma de vermos essa pessoa a ser levada na ambulância para as urgências do hospital mais próximo e... os seguros que quer tenhamos culpa ou não, não nos vai perdoar e é só abrir a carteira na renovação das apólices.

No entanto quero fazer um (não é pequeno mas sim grande) reparo que diariamente vejo nas estradas. É o abuso de alguns ciclistas que parecem Kamikazes a pedalar por entre o trânsito, fazendo autêntico malabarismo pondo as suas vidas em risco e não só (se apanham um peão desprevenido....). Eles saltam dos passeios, para a estrada e vice-versa, passam sinais vermelhos, contra e fora de mão (sentido contrário), usam as passadeiras não desmontando como é obrigatório e nos passeios é melhor não falar pois muitas das vezes são mais as bicicletas neste espaço do que transeuntes. Acreditem que numa só vez, há semanas atrás, eram mais de 20 velocípedes entre a Dovercourt e a Dufferin. E para agravar a situação, por vezes, aparecem ciclistas a pedalar na "gasosa" sem as mão nos guiadores e, a telefonar (alô...é a Miquelia? Estás boa? Vou, vou jantar aí. Olha um churrasquinho na brasa não é nada mau....ou coisa parecida...) ou a ouvir música com aquelas coisinhas nos ouvidos, ou até, é de pasmar, a mandarem mensagens via telefone/internet. Tá demais. E não há Lei que os desmonte...

Pelo menos lá em Portugal vêm-se muitas bicicletas, motorizadas, scotts ou trotinetes, uma chusma (então no algarve....) mas sem os atropelos que nos habituamos aqui, nesta cidade de Toronto que até há quem lhe chame...o FarWest das bicicletas. Nada que se pareça com estas situações. E, só acrescento que a PSP ou a GNR, não brinca quando trabalha. No ano passado vi um ciclista suicida a ser detido pelas autoridades na Póvoa do Varzim nada lhe valendo a tentativa de escapulir. Foi logo abarbatado em questão de minutos.

O que nos vale é  que não são todos os ciclista, como já referi momentos atrás, que se estão nas tintas para o código da estrada, caso contrário nem podíamos sair de casa pois seriamos logo colhidos com consequências graves pois muitos até me fazem lembrar os saudosos Artur Agostinho e o Alves Barbosa na etapas famosas de contra-relógio. O certo é que as autoridades policiais deviam ser mais severas no controlo destes abusos e dar-lhes a coima merecida com a apreensão do velocípede. É que também passam ali mesmo, nas "barbichas"  da 14 , na Dundas e Dovercourt, e ninguém lhes deita a mão. Mas se for uma viatura motorizada... está feito ao "bife" e a carteira vai gemer na multa e no seguro pela acumulação de pontos. É que aqui só o Augusto lhe pode valer....

Mas por agora fico-me por aqui. Na próxima irei falar sobre os estacionamentos das tais bicicletas. Uma outra saga que chateia à brava o cidadão.

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